Vou iniciar contando parte do que li na Biografia do Leonardo da Vinci, escrita pelo jornalista Walter Isaacson, que me levou a essa reflexão (mesmo autor escreveu a biografia do Albert Einstein e de Steve Jobs).
Leonardo da Vinci, vivia em Florença, e em certo momento decidiu que queria mudar de ares. Escolheu Milão e lá, precisava trabalhar para poder viver. Então, resolveu fazer uma carta oferecendo seus serviços ao "Governador de Milão".
Nessa carta ele destaca o que ele considera, suas melhores habilidades e competências.
Qualifica-se como engenheiro que domina o conhecimento para a fabricação de armas de grande porte, pontes, estradas, arquiteto para a organização das cidades, construção de edifícios e, por último, com nada de ênfase, diz que até pintor e escultor poderia ser.
Isso me fez pensar o quanto, EFETIVAMENTE, nos conhecemos e sabemos quais são nossas MELHORES E MAIORES COMPETÊNCIAS e HABILIDADES.
Leonardo da Vinci, um dos grandes gênios da humanidade, não tinha a VERDADEIRA PERCEPÇÃO da inigualável competência que possuía ao pintar obras de arte. Conseguia traduzir algo estático em algo que é emocional - para os estudiosos de arte isso não é novidade, mas para alguém do século XV, com a limitação das comunicações e estudos, era.
Suas habilidades em observar a natureza, descrevê-la, analisar os fenômenos e montar instrumentos, máquinas, pontes móveis e edifícios, conhecimentos de matemática, física e biologia eram extraordinários.
E este conjunto de habilidades, lhe deu uma competência especial e espetacular de pintar com o "desejo de retratar emoções" - isso não existia. E foi esse diferencial que tornou Leonardo da Vinci um dos mais completos artistas de todos os tempos, conhecido e admirado em todo o mundo pela sua genialidade na execução das obras de arte (dentre outros feitos, claro), onde conseguia transferir ao observador, não apenas um desenho, mas emoções ( por exemplo: o "sorriso" e o "olhar" da Monalisa, que são enigmáticos).
Escrevo isso como introdução, para demonstrar que nem sempre temos noção de nossas habilidades e quais competências podemos desenvolver a partir delas. Leonardo pode ser descrito como cientista, arquiteto, além de engenheiro, mas sua maior competência foi o artista genial que conseguia "retratar emoções".
No direito, nossas habilidades mais gerais são leitura, estudo, interpretação, oratória, escrita, argumentação, comunicação, organização, empatia, dentre outras. Cada um de nós, profissionais do direito, temos essas habilidades mais ou menos afinadas. Dependendo da área de atuação, devemos ter uma ou outra habilidade mais desenvolvida.
E a partir do desenvolvimento cada vez maior de nossas habilidades para a jornada jurídica é que teremos implementadas, naturalmente, nossas competências. Posso exemplificar algumas, tais como: sensibilidade social, capacidade de negociação, conhecimento de negócios, relacionamento interpessoal, inteligência emocional, raciocínio lógico, argumentação jurídica, resolução de problemas, criatividade, gestão de pessoas, capacidade de julgamento e tomada de decisões, dentre outras.
Essa reflexão confirma o que aplico na Mentoria Prime, pois é a partir do AUTOCONHECIMENTO, que cada um poderá identificar suas habilidades natas, muitas vezes desconhecidas ou pouco valorizadas, e assim, desenvolver suas competências para se tornar um profissional do direito investido de diferencial, onde estará se apropriando de seu melhor, para alcançar o sucesso.
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